Casal de mãos dadas com filha após divórcio

Coparentalidade após divórcio: 11 dicas para oferecer um ambiente seguro e saudável para seus filhos

05/06/2023
Aprenda a promover uma comunicação saudável, pautada na cooperação, e um ambiente estável e seguro para o bem-estar dos seus filhos

Quando um relacionamento conjugal chega ao fim, a cooperação e a comunicação contínua entre os pais se tornam essenciais para garantir o bem-estar dos filhos.

Independente do motivo da separação, promover um ambiente familiar saudável para crianças e adolescentes deve ser prioridade. E é aí que entram os princípios da coparentalidade.

Confira a seguir 11 dicas para manter uma relação positiva entre o ex-casal e os filhos após a separação.

O que é coparentalidade

A coparentalidade nada mais é do que a parceria e a colaboração entre pais separados na criação e educação dos filhos. Nesse cenário, ambos devem ser responsáveis pelas crianças e participar ativamente da vida delas.

A coparentalidade demanda comunicação aberta, cooperação, respeito mútuo e foco no bem-estar dos herdeiros. Seu objetivo é garantir que os pais continuem sendo figuras importantes e presentes na vida dos filhos.

Dessa forma, eles colaboram na definição de regras, disciplina, estabelecimento de rotinas, entre outras coisas.

Embora possa haver desafios ao longo do caminho, a coparentalidade traz uma série de benefícios para todos. Se você está passando pelo divórcio, é importante seguir as dicas que compartilharemos nos próximos tópicos.

Dicas para estabelecer uma coparentalidade positiva após a separação

1. Mantenha comunicação aberta

Discuta assuntos relacionados aos filhos de forma respeitosa e mantenha o foco nas necessidades deles. Use e-mails, mensagens de texto ou aplicativos específicos para a comunicação parental, se necessário.

Evite questionar sobre a vida pessoal do ex-cônjuge, assim como ficar acompanhando as redes sociais dele.

2. Seja flexível

Esteja disposto(a) a trabalhar em conjunto com o outro pai/mãe para tomar decisões importantes sobre os filhos. Demonstre flexibilidade em relação a horários de visitas, férias e eventos especiais.

3. Priorize o bem-estar das crianças

Evite fazer comentários negativos sobre o outro pai/mãe na frente das crianças. Encoraje um relacionamento saudável entre eles e incentive a participação ativa de ambos na vida dos filhos.

Por mais que o cônjuge tenha ferido você ou lhe traga lembranças ruins, você pode constituir nova família, contudo o seu filho sempre terá aquela pessoa como único pai e/ou mãe da vida dele!

4. Mantenha a consistência

Toda mudança causa repercussão na vida das crianças. Por isso, estabeleça uma rotina estável para elas. Horários consistentes de visitas, regras e expectativas claras farão com que elas se sintam seguras e protegidas.

Também é importante investir em acompanhamento psicológico para que as crianças não criem nenhum trauma nessa etapa da vida tão delicada.

5. Respeite os acordos e as ordens judiciais

Se houver acordos ou ordens judiciais referentes à custódia e visitação dos filhos, é importante segui-los. Isso evita conflitos. Caso haja necessidade de alterações, busque uma solução com o auxílio de profissionais.

Lembre-se de que o descumprimento do acordo, como o não pagamento dos alimentos ou pagamentos parciais, deve ser resolvido na justiça. Trata-se de direitos da criança, e eles devem ser garantidos.

6. Mantenha-se aberto(a) ao diálogo

As necessidades das crianças mudam ao longo do tempo. Esteja aberto(a) a ajustar os arranjos parentais conforme necessário. Reuniões com o outro pai/mãe para discutir o progresso das crianças podem ser úteis nesse sentido.

7. Cuide de você

Lembre-se de cuidar do seu próprio bem-estar físico e emocional. Ao se sentir equilibrado(a) e saudável, você estará melhor preparado(a) para enfrentar os desafios da coparentalidade.

8. Seja coerente em relação a regras e disciplina

Muitas vezes, com a separação, o pai/mãe começa a fornecer uma série de concessões para ser “mais legal” do que o outro cônjuge. Contudo, isso acaba prejudicando a educação da criança.

É importante que os pais estabeleçam regras para as crianças, em ambas as casas, com diretrizes claras sobre limites, responsabilidades e consequências. E, principalmente, que ele(a) próprio(a) as respeite.

9. Mantenha as crianças fora dos conflitos

Filhos não devem ser usados como mensageiros. Resolva suas diferenças diretamente com o ex-cônjuge. Se possível, faça isso longe das crianças.

10. Promova a comunicação entre as crianças e o outro pai/mãe

Incentive os filhos a manterem uma comunicação aberta e direta com o outro pai/mãe, especialmente quando estão na casa dele(a). Isso permite que eles desenvolvam um relacionamento forte e cultivem a confiança mútua.

11. Respeite a privacidade do outro pai/mãe

Evite invadir o espaço pessoal dele(a) e não tente controlar suas decisões ou estilo de vida se estes não afetarem diretamente as crianças. Manter uma distância saudável permite que cada um viva sua vida de modo saudável.

Lembre-se de que a coparentalidade requer tempo, paciência e disposição para superar desafios.

Ao adotar essa abordagem, você tem a oportunidade de fornecer um exemplo positivo de resolução de conflitos e cooperação para seus filhos.
Embora possa haver desafios ao longo do caminho, buscar apoio profissional, como terapia familiar ou mediação de um advogado, pode ser benéfico para ajudar você a enfrentar questões difíceis.

Tem alguma dúvida sobre divórcio, coparentalidade e guarda? Entre em contato com um advogado especialista em Direito Familiar. Para o que precisar, conte com o escritório Leticia Colitti Advocacia e Consultoria.